Amado leitor, esperamos que esteja acompanhando nossa série intitulada “O caminho para a glória”; além disso, esperamos que esteja sendo abençoado pelos artigos. Neste texto, meditaremos sobre a passagem de Mateus 15:21-28, em que Jesus se depara com uma mulher cananeia que clama pela cura de sua filha que estava endemoninhada. O propósito do evangelho de Mateus, nesse capítulo, era o de mostrar que não era o lavar as mãos que o Senhor queria, mas sim o “comer” Dele, ou seja, tomá-Lo como comida. Não importa quantas vezes possamos lavar as mãos, ainda estaremos com fome. Ou seja, Deus não está preocupado apenas com nossa condição exterior, mas com a interior.
Logo após Jesus falar a respeito do lavar as mãos e do comer, Ele conduz seus discípulos para Tiro e Sidon, e uma mulher cananéia começa a segui-los, chamando a Jesus de “Filho de Davi”. Como Jesus não respondeu, os discípulos intervieram e disseram para que o Senhor a despedisse. Quando Jesus atentou para que o que ela disse, respondeu: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (versículo 24). Isto é, o Senhor estava dizendo que, como “Filho de Davi”, Ele viera somente às ovelhas perdidas da casa de Israel. A salvação era, inicialmente, apenas para o povo judeu. Então a Bíblia nos diz que ela, não se contentando com a resposta do Senhor Jesus, adorou-O, dizendo: “Senhor, socorre-me!”. O Senhor, porém, respondeu: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (v.26) (vale lembrar que os judeus consideravam os gentios como cães). A mulher não se ofendeu; porém, replicou: “Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem das mesas dos seus donos” (v. 27). E no versículo 28, o Senhor Jesus responde: “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.”
Querido leitor, todos nós somos “imundos” diante de Deus, somos pecadores por natureza. A grande questão nessa passagem é: como podemos nos limpar interiormente? A resposta é simples: alimentando-nos de Cristo pela fé. Enquanto desfrutamos do Senhor como nosso alimento, estamos sendo purificados interiormente. Lembre-se do povo de Israel: depois que foi tirado do Egito por um grande milagre, era alimentado diariamente pelo maná, o qual era enviado do céu pelo próprio Deus. Qual era o objetivo? Além de alimentar o povo, a maior intenção de Deus era a de desintoxicar aquele povo das comidas do Egito, de limpá-los interiormente.
Para nos alimentarmos de Cristo, por fé, devemos ser aqueles que O conhecem e se relacionam com Ele de maneira adequada. Amado leitor, que estas palavras possam encorajá-lo neste momento a não desanimar por causa de sua condição diante de Deus. Muitas vezes, Satanás tenta nos acusar, fazendo-nos lembrar dos nossos erros e pecados cometidos no passado, dizendo que Deus se esqueceu de nós, que Ele não responderá nossas orações. Mas Deus conhece nosso coração e sabe da nossa condição, somente Ele pode nos purificar por intermédio de Sua Palavra. Não desanime, antes, alimente-se de Cristo pela fé. Permita que a Palavra de Deus faça a obra para a qual ela foi designada.



Segundo a Bíblia, ser próspero pode ser associado a seguir a justiça, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.... Em outras palavras, ser próspero é viver por Cristo e para Cristo! Isso nos garante a totalidade de nossa herança na eternidade, herança cuja ferrugem não a dissipa nem a leva o ladrão.
Por outro lado, acredito firmemente que nosso Deus, o Criador, pode tornar-nos ricos financeiramente durante nossa existência terrena, sim Ele pode! Todavia, a busca pelas riquezas (ou "prosperidade" como alguns gostam de dizer) por meio da fé em Jesus é algo avesso à vontade de Deus. Buscar enriquecimento mediante a fé é um grande equívoco e esse erro tem levado muitos cristãos a perderem sua fé e se desviarem do caminho da verdade.
Deus não está preocupado com nossas posses, muito menos se vivemos em grande regalia, mas com a nossa maturidade espiritual. Afinal, um dia teremos de encará-lo e o que vamos apresentar a Ele?
Por essa razão, a Bíblia nos adverte: "Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."  (Mt 6:33).
Contudo, a pergunta persiste: queremos ser prósperos?
Imagino que, assim como eu, sua resposta deve ser sim. Então, precisamos buscar a vontade de Deus em primeiro lugar, não a nossa! Também será necessária muita dedicação aos estudos e ao trabalho. Fazer tudo com muito amor e honestidade, e, sim, Deus nos abençoará! Não devemos incorrer em outro erro, o da barganha. Alguns visando riquezas, controversamente, oferecem suas economias e até mesmo os próprios pertences, em supostos altares sagrados, ludibriados pela própria cobiça! Esquecem-se de que o altar somos nós e que Deus não pode ser comprado. É particularmente insensato pensar na possibilidade de barganhar com Deus usando aquilo que Ele nos permitiu possuir. Não se escandalize, a ofensa não está no ato de ofertar, jamais! Mas sim no propósito do coração do ofertante: o Reino de Deus ou o próprio reino?
Oras, devemos ou não ofertar? Isso é muito importante saber!
Claro que devemos ser gratos! Precisamos reconhecer o cuidado e a misericórdia de Deus para conosco e ofertar conforme diz as escrituras “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9:7). Perceba que aquele que oferta com amor e com alegria o faz por gratidão, não deseja nada em troca. Na verdade, já é possuidor das bênçãos divinas!
Podemos exigir de Deus prosperidade financeira?
Outro ponto precisa ficar claro. Não devemos cometer esse outro absurdo:  querer dar ordens a Deus ou exigir Dele os desejos de nosso âmago! Alguns cristãos, por ainda serem bebês espirituais se julgam no direito de fazer exigências, dizem coisas do tipo "Senhor eu fiz minha parte, completei as campanhas de minha igreja, paguei meus dízimos.... Agora dê-me o que lhe peço!"  Ou ainda "Eu determino isso e aquilo..."
Faça-se algumas perguntas: “Quem é o Senhor? E quem é o servo? Pode a criatura direcionar as ações do Criador?” Percebe? Deus não é obrigado a nada! Ele faz o que Lhe aprouver fazer, e nos concede o que Ele julga propício conceder!
Ser rico é pecado?
Claro que não! Mas a Bíblia deixa claro que onde estiver o nosso tesouro ali estará nosso coração (Mt 6:21). Por isso, se desejamos ser prósperos, que o nosso tesouro seja, em primeiro lugar, o Reino de Deus e Sua Justiça. Ele é justo! Sejamos também!
Finalmente, quanto a alguns cristãos que se iludem presos a ensinamentos sobre prosperidade, sem se dedicarem ao estudo e ao trabalho, digo-lhes: "Não sejam ignorantes! Não busquem prosperidade dentro das igrejas, lá vocês devem buscar amadurecimento espiritual. Busquem o Reino de Deus e Sua justiça! Leiam mais a Bíblia e procurem aprender mais dela!”
Para concluir, leia atentamente as palavras do Apóstolo Paulo: 
“Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão” (1 Timóteo 6:8-11).
Que nosso amor por Ele seja sem reservas ou segundas intenções. 




Que “bela” vaidade é a vida! Nossos dias e toda nossa glória são como a erva, como a flor do campo. Tudo tem o seu tempo determinado. É sábio quem entende que não há coisa melhor do que fazer o bem e alegrar-se com aqueles que, de coração puro, buscam a Deus.
Infelizmente algumas pessoas, pensam ser melhores que outras, há, ainda, aqueles cuja humildade precisa tornar-se humilde. De qualquer modo, toda arrogância e prepotência se finda. É como disse o Mestre “não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada” (Mateus 24:2).
Então que sentido há em viver?
Certamente nenhum se passarmos por essa vida sem que possamos tocar a vida de alguém, mudar o universo de alguém, ajudar alguém, ser importante para alguém. Atitudes como essas nos libertam de nós mesmos e nos tornam pessoas bem-aventuradas, pois todos os dias do oprimido são maus, mas o coração alegre é um banquete contínuo.
O mestre também disse “derrubem o templo e eu o reconstruirei em três dias” (João 2:19). Com tudo isso, a que conclusão podemos chegar?
Concluo que, o mais importante não são os templos de pedra que resultam das obras de nossas mãos, meras vaidades, mas o templo ressurreto que resulta do que nos tornamos. Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? (1 Coríntios 3:16)




Diante das palavras do Apóstolo dos gentios: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3:8). Devemos nos perguntar: O evangelho que pregamos baseia-se na sabedoria humana ou no conhecimento de Cristo Jesus?
Paulo, ainda conhecido como Saulo, era alguém respeitado, portador de credenciais invejáveis: circuncidado ao oitavo dia, como exigia a tradição; da linhagem de Israel, da tribo de Benjamin (tribo que deu origem ao 1º Rei – Saul); hebreu de hebreus, isto é: um Israelita legítimo, filho de pai e mãe hebreus; no tocante a Lei era fariseu – a seita mais severa da religião judaica (cf. Atos 26:5); quanto ao zelo era perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na Lei era irrepreensível (Fp 3:5-6). Paulo era a pessoa sob a qual outros se dobravam diante de seu conhecimento. Foi educado na escola de Gamaliel. Era poliglota, e seguramente falava o aramaico, o hebraico, o latim e o grego. Ele era inegavelmente exaltado e temido entre os homens. O que o faria abandonar todo seu prestígio e status social? Apenas uma coisa: o conhecimento de Cristo.
O apóstolo não somente abandonou tudo o que era e possuía como também considerou todas suas credenciais, desde seu nascimento, linhagem e educação privilegiada, como refugo para ganhar a Cristo! Refugo é algo desprezado e considerado como inútil. Sim, ele havia entendido que Cristo era tudo quanto precisava, não havia reservas em seu coração.
Nesse contexto, algumas questões práticas merecem reflexão em relação ao nosso viver cristão atual: Cristo está de fato em primeiro lugar em nossa vida? Será que nossa linhagem (sobrenome), posição eclesiástica dentro de um grupo de fé (diácono, presbítero, pastor, bispo...), formação intelectual (teólogo, engenheiro, advogado, médico...) ou qualquer outro status social ou religioso afasta de nós a simplicidade, o amor e a humildade nas relações interpessoais? Será, ainda, que essas coisas possuem algum valor que nos impede de, tal como Paulo, nos dobrarmos diante de Cristo sem qualquer tipo de reserva?
Que o evangelho que pregamos tenha por base o puro conhecimento de Cristo e que seja afastada de nós a mera eloquência, a sabedoria dos homens e as frases prontas de efeito que atingem a emoção, mas em nada contribuem para a espiritualidade. Sejamos tolerantes, amáveis e inclusivos como convém a aprendizes de Cristo.